7 de jul. de 2013

XIV

“Há um pouco de esperança para mim? Pregunto-lhe a Pandora. E esta, enigmática, desapareceu. Assi que determinou que si e seguiu caminho cara essas montanhas solitárias e imponhentes do horizonte, com o sol ás costas e o porvir diante dos olhos, logo de passar os enigmas que se interpunham entre ela meninha e ela mulher”
Iolanda Gil Vilaverde


XIV


Há um libro pousado na terra
pudera ser que medrasse como um
toxo silvestre?

Se quadra as raizes escarvam
e desfam a dor a miséria a opresom…
e nom sabemos quando
deixarám de escarvar

Cravadas na pedra
as prisioneiras deixamos nele
bágoas
suor
sangue

e nom sabemos

quando deixaremos de escrever.