“Há um pouco de esperança para mim? Pregunto-lhe a
Pandora. E esta, enigmática, desapareceu. Assi que determinou que si e seguiu
caminho cara essas montanhas solitárias e imponhentes do horizonte, com o sol
ás costas e o porvir diante dos olhos, logo de passar os enigmas que se
interpunham entre ela meninha e ela mulher”
Iolanda Gil Vilaverde
XIV
Há um libro
pousado na terra
pudera ser que
medrasse como um
toxo
silvestre?
Se quadra as
raizes escarvam
e desfam a dor
a miséria a opresom…
e nom sabemos
quando
deixarám de
escarvar
Cravadas na
pedra
as prisioneiras
deixamos nele
bágoas
suor
sangue
e nom sabemos
quando
deixaremos de escrever.